domingo, 21 de setembro de 2008

O P.T FAZ BEM! O RIO MERECE UM GOVERNO PETISTA!



Desigualdade cai e renda do trabalhador tem crescimento real de 15% em 3 anos


Atualizada às 16h25
A renda do brasileiro aumentou, a desigualdade voltou a cair, o analfabetismo diminuiu, a população segue e tendência de envelhecimento e, graças à formalização do emprego, mais de 50% dos trabalhadores brasileiros já contibribuem para a Previdência Social.
Esses e outros dados foram divulgados, nesta quinta-feira (18), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), estudo que reúne diferentes indicadores sobre aspectos socioeconômicos do País. Os dados, referentes a 2007, mostram um panorama recente do Brasil.
Veja abaixo os principais resultados da Pnad: Renda
O rendimento médio real mensal de trabalho (das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento de trabalho) mostrou crescimento pelo terceiro ano consecutivo. Entre 2006 e 2007 houve aumento real de 3,2%, número inferior aos registrados de 2005 para 2006 (7,2%) e de 2004 para 2005 (4,5%).
O crescimento acumulado desde 2004 foi de 15,6%, sendo que o rendimento médio real dos trabalhadores, em 2004, era de R$ 827,00; em 2005, de R$ 864,00; e, em 2006, de R$ 926,00, tendo alcançado, em 2007, R$ 956,00. Em 2007, o menor rendimento médio real mensal de trabalho das pessoas ocupadas foi observado no Nordeste (R$ 606,00) e o menor no Centro-Oeste (R$ 1139,00).
A Pnad também registrou a evolução dos índices de Gini, que medem o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor vai de zero (quando não há desigualdade) a 1 (desigualdade máxima). Em 2007, o índice ficou em 0,528. As reduções vêm sendo sucessivas, pois o Gini ficou em 0,547 em 2004; 0,543 em 2005; e 0,540 em 2006.
Apesar da evolução desse índice, a Pnad mostrou que a desigualdade social ainda é realidade no Brasil: 10% da população ocupada que têm os mais baixos rendimentos detiveram 1,1% do total dos rendimentos de trabalho em 2007, enquanto aos 10% com os maiores rendimentos corresponderam 43,2% do total de remunerações. Analfabetismo
A Pnad define uma pessoa alfabetizada como aquela que responde que sabe ler e escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que conhece. Em 2007, havia cerca de 14,1 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais no Brasil. Para esse grupo de pessoas, a taxa de analfabetismo foi de 10%, índice menor que o registrado em 2006, de 10,4%.
A taxa de analfabetismo assume diferenças de acordo com fatores como grupo de idade, região e sexo. Em relação à faixa etária, o menor índice fica entre pessoas com 15 e 17 anos (1,7%) e o maior entre os que têm 25 anos ou mais (12,5%).
As regiões Norte e Nordeste registram os índices mais altos de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais (10,8% e 19,9%, respectivamente), em contraste com números muito menores das regiões Sul (5,4%) e Sudeste (5,7%).
Ainda entre as pessoas com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo entre os homens é de 10,2%, porcentagem superior à registrada pelas mulheres (10,1%). Em 2006, os números eram, respectivamente, de 10,6% e 10,1%. Educação
A Pnad mostra que, em 2007, as pessoas com 4 anos ou mais totalizavam 179 milhões de brasileiros. Destes, 56,3 milhões eram estudantes. O número caiu 0,5% em relação a 2006, sobretudo na região Centro-Oeste (2,2%). O grupo etário com maior frequência escolar (97,6%) é o de pessoas com idade entre 7 e 14 anos. O percentual ficou estável em relação ao de 2006. Entre esse total de 56,3 milhões de estudantes de 4 anos ou mais, 7,9% estavam cursando o ensino pré-escolar, 63% o ensino fundamental e alfabetização; 16,6% o ensino médio e 10,9% o ensino superior. Neste último grau de ensino, o número de estudantes cresceu 4,3%.
Quanto à cobertura segundo a rede de ensino, a rede pública predominou em todas as regiões, registrando percentual de 79,2% de atendimento aos que freqüentavam a escola. Habitação e bens duráveis
Em 2007, o índice de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água cresceu 0,1 ponto percentual em relação a 2006, chegando a 83,3%. Além disso, 51,3% dos domicílios brasileiros estão ligados à rede coletora de esgoto (crescimento de 2,8 pontos percentuais) e 87,5% têm coleta de lixo (crescimento de 0,9 ponto percentual). Já o fornecimento de energia elétrica alcançava 98,2% dos domicílios brasileiros.
Em relação à posse de bens duráveis, no ano passado 77% dos domicílios possuíam algum tipo de telefone, 98,1% possuíam fogão, 51,1% possuíam filtro de água, 16,3% possuíam freezer e 88,1% possuíam rádio. Além disso, 26,6% dos domicílios estavam equipados com computador, sendo 20,2% com acesso à internet. Idade
O Brasil manteve a tendência de envelhecimento populacional. Na comparação com 2006, o grupo de pessoas com 40 anos ou mais cresceu 4,2%, enquanto a faixa etária mais jovem, de 0 a 14 anos, demonstrou redução de 0,7%.
A região Norte tem a estrutura etária mais jovem do País: 23,7% da população residente tem 40 anos ou mais, e o contingente de pessoas com idade entre 0 a 4 anos (1,6 milhão) supera o de pessoas de 60 anos ou mais (1 milhão). Migração
Em 2007, 39,8% da população brasileira não era natural do município em que morava, e 15,8% não eram naturais da Unidade de Federação em que moravam. A região Centro-Oeste foi a única que registrou maior número de residentes não-naturais (53,1%) do município de moradia do que de residentes naturais. O número supera os registrados pelas regiões Sul (44,4%), Norte (43%), Sudeste (40,5%) e Nordeste (32%).
Previdência e sindicalizaçãoA pesquisa apontou que mais de 50% dos trabalhadores brasileiros contribuem para a Previdência Social. O percentual (50,7%) foi atingido pela primeira vez, desde os anos 90, devido ao aumento do número de trabalhadores com carteira assinada: em 2007 eles eram 32,0 milhões, ou 6,1 % a mais que no ano anterior, e atingiram a maior participação na população ocupada (35,3%) desde início da série da PNAD. A população ocupada chegou a 90,8 milhões e cresceu 1,6% em relação a 2006. Já o número de desocupados caiu 1,8% no período, e a taxa de desocupação recuou de 8,4% para 8,2%.A região Sudeste foi a que apresentou o maior percentual (61,6%) e a Nordeste, a menor (32,1%).
A pesquisa também mostrou que, no Brasil, 16 milhões são associados a sindicatos, número 3,3% menor que o de 2006. A região Sul foi a que mostrou o maior percentual de trabalhadores sindicalizados entre as pessoas ocupadas (21,2%). Raça
A pesquisa do IBGE notou que, em 2007, um maior número de pessoas se declarou “preta” do que em 2006. O aumento foi de 0,5 ponto percentual, de modo que, no último levantamento, a composição da população ficou dividida da seguinte maneira: 49,4% de brancos; 42,3% de pardos; 7,4% de pretos e 0,8% de outras raças.
O aumento da participação da população negra foi verificado em todas as regiões, menos na Região Norte, onde caiu 0,7 ponto percentual. Nas demais localidades, o crescimento da população negra foi acompanhado de diminuição da população branca. Sexo
A comparação entre os dados de 2006 e 2007 revelam que não houve mudança significativa na distribuição da população por sexo. Em 2007, as mulheres correspondiam a 51,2% dos brasileiros (97,2 milhões de pessoas) e os homens a 48,8% (92,6 bilhões). Em 2006, as mulheres eram 51,3% da população e os homens 48,7%. Trabalho
A Pnad considera todo indivíduo com 10 anos ou mais uma pessoa em idade ativa. Assim, em 2007 havia 159 milhões de pessoas em idade ativa no País, contingente 2% maior que o de 2006. Entre esse grupo, 62% estavam inseridas no mercado de trabalho, sendo 57% na condição de ocupadas e 5,1% na de desocupadas. Os números mostram ligeira redução em relação a 2006, quando os percentuais eram, respectivamente, de 62,4%, 57,2% e 5,3%.
A população não-economicamente ativa (pessoas que não trabalharam nem procuraram por trabalho na última semana do mês de referência da pesquisa, setembro) cresceu 3,0%, passando de 58,8 para 60,5 milhões de pessoas.
Em 2007, 19,7% das pessoas ocupadas trabalhavam 49 horas semanais ou mais. Apenas 6,5% da população ocupada trabalhavam até 14 horas semanais.
De 2006 a 2007, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada caiu 0,7%, mas o contingente permaneceu elevado: 20,6 milhões de brasileiros, ou 22,7% do total de pessoas ocupadas. Trabalho infantil
No Brasil existem 44,7 milhões de crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos de idade. Em 2007, 4,8 milhões deles estavam trabalhando. O número é menor que o de 2006, quando existiam 5,1 milhões de trabalhadores nesta faixa etária. As crianças e adolescentes do sexo masculino (65,7%) e as de cor preta ou parda (59,5%) eram maioria no contingente de ocupados.

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