Estamos Ombro a Ombro, Presidenta Dilma Rousseff. "Doa a Quem Doer"
#NaoVaiTerGolpe!
#VaiTerLula!
"Aqui No Morro Também Tem Jogador, Artistas Famosos, Empresário e Doutor. Gente Inteligente e Mulheres Belas, Você Também Encontra Aqui na Favela."
Dr. Rubinho da Divinéia Grajaú.
Competência; Justiça e Legalidade.
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“A admissão do processo de impeachment
pela Câmara dos Deputados representa um golpe contra a Constituição.
Viola a legalidade democrática e abre caminho para o surgimento de um governo
ilegítimo. Escancara, também, o caráter conservador, fundamentalista e
fisiológico da maioria parlamentar eleita pelo peso do poder econômico e de
negociatas impublicáveis.
As forças provisoriamente vitoriosas
expressam coalizão antipopular e reacionária. Forjada no atropelo à soberania
das urnas, aglutina-se ao redor de um programa para restauração conservadora,
marcado por ataques às conquistas dos trabalhadores, cortes nos programas
sociais, privatização da Petrobras, achatamento dos salários, entrega das
riquezas nacionais, retrocesso nos direitos civis e repressão aos movimentos
sociais. O programa neoliberal difundido pela cúpula do PMDB, “Uma Ponte para o
Futuro”, estampa com nitidez várias destas propostas.
A coalizão golpista é dirigida pelos chefões
da corrupção — trabalhados por setores incrustados nas instituições do Estado,
no Judiciário e na Polícia Federal –, da mídia monopolizada e da plutocracia,
como deixou clara a votação do último domingo. Presidida por Eduardo Cunha —
réu em graves crimes de suborno, lavagem de dinheiro e recebimento de propina —
a Câmara dos Deputados foi palco de um espetáculo vexaminoso, ridicularizado inclusive
pela imprensa internacional. O Diretório Nacional reitera a orientação da nossa
Bancada para prosseguir na luta pelo afastamento imediato do presidente da
Câmara dos Deputados.
O circo de horrores exibido no domingo reforça a necessidade de
uma reforma política e da democratização dos meios de comunicação.
Subjugada por pressões e traições
patrocinadas por grupos políticos e empresariais dispostos a recuperar o
comando do Estado a qualquer custo, a maioria parlamentar tenta surrupiar o
mandato popular da companheira Dilma Rousseff para entregá-lo a um receptador
sem voto. Uma presidenta eleita por mais de 54 milhões de votos, que não cometeu
qualquer crime e contra a qual não pesa nenhuma acusação de corrupção. O
Partido dos Trabalhadores manifesta irrestrita solidariedade à companheira
Dilma Rousseff, contra as mais diferentes formas de violência que vem sofrendo.
O Partido dos Trabalhadores saúda todos e
todas parlamentares e governadores que se mantiveram firmes contra a farsa e o
arbítrio. Cumprimenta também o presidente, dirigentes e os/as parlamentares do
PDT por sua postura digna e combativa. E expressa seu reconhecimento aos/as
deputados/as que tiveram a valentia de afrontar o pacto de seus próprios
partidos diante da conspiração comandada pelo vice traidor Michel Temer e seus
sequazes.
Apesar de minoritária na Câmara, a
resistência antigolpista cresceu formidavelmente nas últimas semanas, retirando
o governo da situação de defensiva e cerco em que antes se encontrava. E a
resistência ampliou-se qualitativamente, com a firme participação de jovens,
intelectuais, juristas, artistas e dos mais diversos setores da sociedade e dos
movimentos populares.
O Partido dos Trabalhadores congratula-se com
os homens e mulheres que participam da campanha democrática, muitos dos quais
com críticas à administração federal, destacando o papel organizador e unitário
da Frente Brasil Popular, aliada à
Frente Povo sem Medo, que participam da luta democrática e que avaliam novas formas de luta
popular.
Também reconhecemos a vitalidade dos
movimentos sociais, a abnegação e a combatividade de nosso aliado histórico, o
Partido Comunista do Brasil.
Prestamos igualmente nosso respeito, entre
outras agremiações, ao Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL) e ao Partido da
Causa Operária (PCO), que têm sido oposição aos governos liderados pelo PT, mas
ocupam lugar de vanguarda na defesa da democracia.
Fazendo autocrítica na prática, o Partido dos
Trabalhadores tem reaprendido, nesta jornada, antiga lição que remete à
fundação de nosso partido: o principal instrumento político da esquerda é a
mobilização social, pela qual a classe trabalhadora toma em suas mãos a direção
da sociedade e do Estado.
Perdemos apenas a primeira batalha de um
processo que somente estará finalizado quando as forças populares e
democráticas tiverem derrotado o golpismo. Conclamamos, assim, à continuidade
imediata das manifestações e protestos contra o impeachment, sob coordenação da
Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo, dessa feita com o objetivo de
pressionar o Senado a bloquear o julgamento fraudulento autorizado pela Câmara
dos Deputados.
Um evento simbólico e incentivador nessa
direção pode ser a realização de jornadas de luta em todo o País, culminando
com um 1º. de Maio unitário de repúdio ao golpe, defesa da democracia e de bandeiras
da classe trabalhadora.
O Partido dos Trabalhadores recomenda à
presidenta Dilma Rousseff que proceda imediatamente à reorganização de seu
ministério, integrando-o com personalidades de relevo e representantes de
agrupamentos claramente comprometidos com a luta antigolpista, além de
incorporar novos representantes da resistência democrática.
Também indicamos que o governo reconstituído
deve dar efetividade aos projetos do Minha Casa Minha Vida, das iniciativas a
favor da reforma agrária, bem como de medidas destinadas à recuperação do
crescimento econômico, do emprego e da renda dos trabalhadores.
O Partido dos Trabalhadores jogará todas as
suas energias, em conjunto com os demais agrupamentos e movimentos
democráticos, estimulando os Comitês pela Democracia e contra o Golpe. Em cada
cidade e Estado, em cada local de trabalho e estudo, vamos nos mobilizar para
deter a aventura golpista e defender a legalidade, exigindo que o Senado
respeite a Constituição.
Se a oposição de direita insistir na rota
golpista, reafirmamos que não haverá trégua nem respeito frente a um governo
ilegítimo e ilegal.
São Paulo, 19 de abril de 2016.
Diretório Nacional do Partido dos
Trabalhadores.”
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